Na manhã desta terça-feira (30), um grupo de trabalho instituído pela Portaria nº 641/2025 promoveu, no auditório da sede administrativa da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), uma oficina com adolescentes em cumprimento de medida de semiliberdade. A ação teve como foco a revisão e atualização do Projeto Político Institucional (PPI) do Atendimento Socioeducativo do Pará.
O encontro foi marcado por um espaço de escuta qualificada, etapa essencial para a construção coletiva do PPI. A proposta é garantir o protagonismo dos socioeducandos, permitindo que suas percepções, experiências e sugestões contribuam diretamente para o fortalecimento da Política Socioeducativa.
Para a assistente social da assessoria da presidência da Fasepa, Mônica Calandrine, a etapa de hoje destaca o protagonismo dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, oferecendo um espaço de fala para que contribuam diretamente no processo de revisão do PPI. “É um momento rico e de grande importância, pois permite que eles tragam suas experiências e percepções sobre aspectos que podem ser aprimorados, como a qualidade do atendimento socioeducativo, da educação, da relação com as famílias, do direito à saúde integral, da profissionalização, entre outros eixos”. Disse ainda, “Envolver os principais atores desse processo, os próprios adolescentes, fortalece a construção coletiva de um documento que irá nortear e qualificar o nosso trabalho”, reforçou Mônica.
A atividade foi conduzida pela psicóloga da Diretoria de Atendimento Socioeducativo (DAS) da Fasepa, Rosicléa Corecha, que orientou a dinâmica utilizando a técnica de Mapa Mental. A metodologia utilizada, possibilitou a expansão de ideias a partir de palavras-chave, tais como dignidade, respeito, acolhimento, estrutura física, diversidade, saúde, educação, família, protagonismo juvenil, trabalho, emprego e renda, entre outros eixos importantes no processo socioeducativo, estimulando a participação e o diálogo entre todos os envolvidos neste processo. Como resultado, foi elaborado um painel visual com registros das falas e observações feitas pelos próprios adolescentes, para explorar os conceitos e subsidiar a construção e análise coletiva.
De acordo com a psicóloga, “O PPI constitui-se como instrumento norteador das práticas e diretrizes no âmbito do atendimento socioeducativo. A inserção dos adolescentes nesse processo é essencial, pois incorpora a perspectiva dos socioeducandos, conferindo legitimidade, humanização e maior efetividade às ações desenvolvidas”, disse Corecha.
O grupo de trabalho instituído para esse processo, é composto pela assistente social Mônica Calandrine; pelo pedagogo Geraldo Barros; pela assistente social Évela Barbosa; pela administrativo da Assessoria de Comunicação Priscila Mastop; pela pedagoga, Ellen Cardoso; pela Assistente social Eurides Andrade; pela psicóloga Rosicléa Corecha e pela assistente social e coordenadora de atendimento socioeducativo da Fasepa, Kátia Porfírio.
De acordo com a programação, o espaço de escuta será ampliado para as demais unidades de atendimento da Fasepa, alcançando também adolescentes em medidas de internação e internação provisória. O ciclo de oficinas seguirá até o dia 2 de outubro de 2025, reforçando o compromisso da instituição com práticas participativas e inclusivas no processo de construção e atualização de suas diretrizes institucionais.
Texto: Dani Valente (Ascom Fasepa)






