A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) segue avançando em práticas que unem educação, sustentabilidade e reinserção social. No último dia (17) representantes da instituição realizaram visita técnica a Unidade de Atendimento Socioeducativo (UASE 2) e ao Centro de Atendimento em Semiliberdade (CAS). para alinhar a implantação de oficinas em Sistemas Agroflorestais (SAFs), que irão fortalecer a formação socioambiental de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.
A proposta, busca promover a sustentabilidade e adaptação climática ao conciliar produção de alimentos, regeneração do solo e valorização de saberes tradicionais, proporcionando aos adolescentes novas perspectivas de vida, trabalho e futuro sustentável.
Durante a visita técnica, a gestora e especialista em Logística Sustentável, Tatiane Oliveira, reforçou que a iniciativa é um marco importante para o processo socioeducativo.
“É possível unir a força da diversidade amazônica com a responsabilidade social, e transformar espaços socioeducativos em territórios de regeneração e aprendizado”, destacou.
Além de fortalecer a reinserção social, as oficinas dialogam diretamente com a agenda da COP30, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025, inserindo o sistema socioeducativo do Pará no debate internacional sobre justiça climática e juventudes.
A Justiça Climática parte do reconhecimento de que os impactos das mudanças climáticas atingem de forma mais severa os grupos vulneráveis. Por isso, busca assegurar que as soluções ambientais sejam justas, reduzam desigualdades socioeconômicas e valorizem os saberes tradicionais, protegendo aqueles que estão na linha de frente das consequências climáticas.
Isabelle Faria, consultora em Justiça Social, ESG e Estratégia Institucional, ressaltou a importância da participação de diferentes públicos nos processos formativos. “A justiça climática só será plena se incluirmos as juventudes e as mulheres, garantindo equidade e protagonismo nos territórios”, afirmou.
Ao incorporar os Sistemas Agroflorestais (SAFs) como prática socioeducativa, aliados a esse conceito de justiça climática com enfoque de gênero, a Fasepa amplia as possibilidades de reinserção social, promove a formação cidadã e reforça o papel da Amazônia como um verdadeiro laboratório vivo de soluções regenerativas e de inclusão social.
As ações não se restringem às unidades visitadas nesta semana. Está prevista também uma visita técnica ao Centro Socioeducativo Feminino (Cesef), reforçando o compromisso da Fasepa com a inclusão e a equidade de gênero no sistema socioeducativo.
A iniciativa demonstra que sustentabilidade, educação e justiça social são pilares indissociáveis para transformar realidades e construir futuros mais justos e regenerativos, em consonância com o que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), que asseguram aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa o direito à formação integral, à profissionalização e à preparação para o trabalho, como meios de garantir cidadania e oportunidades de reinserção social.
Texto: Dani Valente (Ascom Fasepa)
Foto: Divulgação
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